Lesões traumáticas da coluna no jovem são decorrentes, na sua maioria, de acidentes de alta energia, como automobilísticos ou quedas de altura. Fraturas ou luxações podem ocorrer em qualquer segmento da coluna (cervical, torácica, lombar e sacral) sendo, por vezes, acompanhadas de deformidades e lesões neurológicas.
A coluna cervical é dividida em porção “alta”e “baixa”. A lesão traumática mais comum da coluna cervical alta no jovem é a fratura do odontóide. O processo odontóide é parte da segunda vértebra cervical (chamada de C2). No jovem, essas lesões possuem risco aumentado de não consolidarem adequadamente, uma vez que o processo odontóide possui pobre nutrição sanguínea, fundamental para cicatrização óssea. Por isso, com certa frequência, indica-se tratamento cirúrgico. O tipo de cirurgia depende do traço da fratura. Quando o traço é favorável, pode-se realizar osteossíntese (reparo) do odontóide com parafuso ósseo.
Na coluna cervical baixa (entre C3 e C7) podem ocorrer fraturas isoladas ou fraturas-luxações (quando há desalinhamento entre duas vértebras). Luxação da coluna é situação grave, pois além de gerar instabilidade mecânica, com frequência, provoca disfunção neurológica. Fraturas-luxações da coluna cervical são tratadas cirurgicamente para estabilização mecânica e descompressão neural (quando há sinais de compressão da medula ou de raízes nervosas).
Fraturas isoladas da coluna torácica muitas vezes são estáveis e podem ser tratadas com imobilização externa (colete TLSO). O médico especialista em coluna aplica escalas que graduam a estabilidade da lesão, que o auxiliarão a indicar tratamento apropriado. Por outro lado, quando há fragmentação excessiva da vértebra fraturada, luxação (desalinhamento) da coluna ou lesão dos ligamentos que estabilizam a mesma, pode-se considerar cirurgia para restabelecer estabilidade mecânica.
Na região de transição entre a coluna torácica e lombar situam-se grande parte das fraturas espinais. É exemplo comum fraturas do tipo “explosão”. A exemplo das fraturas torácicas, é fundamental graduar a estabilidade da lesão para determinar tratamento apropriado. Fraturas estáveis podem ser tratadas com coletes, enquanto lesões instáveis ou associadas à déficit neurológico são tratadas com cirurgia. Algumas lesões são consideradas de “instabilidade duvidosa”. Nessas situações, é possível iniciar tratamento conservador com colete, porém com vigilância criteriosa para detecção de eventual instabilidade tardia, que deve ser tratada com cirurgia.
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Bom dia Doutor,fiz uma artrodese em l4 l4 s1 em 12 de Junho de 2018,a situação a nivel de imagem está estável no entanto e sempre que muda o tempo e quando passo demasiado tempo em pé ,pois a minha profissão assim o obriga,tenho dores insuportáveis nas pernas e pés com formigueiro á misturar Também sinto que algo estranho se encontra na zona da cirurgia e fiquei bastante limitado a nivel de exercício. Gostaria da sua opinião pois não consigi tomar mais analgésicos. Obrigado
LUIS MANUEL
Alexandre 55 anos, acidente em 2017 fratura parcial T7 e esmagamento T8 com realização em novembro 2018 artrodese com 8 pinos e recolocação de uma nova cirurgia novembro 2019 mais 3 pinos totalizando 11 pinos. E um eletrodo novembro 2020 com um neuroestimulador e 26 fevereiro , onde sinto os nervos trapezio localizado onde foi feito o neuroestimulador, além de tomar a medicação oral total de carbamazepina, codeina e metadona. Passo boa parte do dia com a nervo trapezio com a tensão dolorida.