Fissura do ânulo fibroso é condição degenerativa dos discos intervertebrais lombares, observada em exame de ressonância magnética. Fissuras do disco intervertebral podem causar dor lombar, mas não conferem perigo ao paciente nem requerem tratamento específico.
Discos intervertebrais são pequenas estruturas cartilaginosas da coluna vertebral. Eles estão dispostos em toda a extensão da coluna (cervical, torácica e lombar), separando as vértebras. As principais funções são amortecimento de carga e mobilidade da coluna.
O disco intervertebral é composto por núcleo pulposo e ânulo fibroso. O ânulo fibroso é a parte externa do disco e o núcleo pulposo do disco intervertebral, a interna.
No jovem, os discos saudáveis possuem grande quantidade de água. Por isso, são elásticos e permitem movimento e absorção de carga. Por outro lado, ao longo da vida pode ocorrer perda de água e ressecamento do disco.
O médico observa cada caso por meio do escurecimento do disco no exame de ressonância magnética da coluna. Essa degeneração pode tornar o disco menos resistente, ou seja, mais frágil, facilitando o surgimento de fissuras na camada externa do mesmo.
Fissura do ânulo é cicatriz permanente na camada externa do disco, sendo mais comum nos níveis mais baixos (L4, L5 e S1). Fissura do disco intervertebral não representa gravidade, porém, são relacionadas a sintomas de dor lombar ou dor nas costas. Fissuras do disco intervertebral ocorrem, geralmente, em decorrência da degeneração do disco intervertebral e são frequentemente observadas no dia a dia do especialista em coluna. É possível que hérnia de disco sejam precedidas por fissuras do anel externo disco, mas essa correlação de causa e efeito nem sempre acontece.
Alguns estudos mostraram haver correlação entre fissuras do disco intervertebral e dor nas costas, em particular, dor lombar. Entretanto, essa correlação é muito variável entre diferentes indivíduos, sendo difícil afirmar com precisão o impacto exato da fissura do disco intervertebral na queixa de dor na coluna lombar.
Ressonância magnética é o melhor exame para avaliação do disco intervertebral. O diagnóstico, portanto, é feito após esse exame. Radiografias ou tomografia não são capazes de mostrar em detalhes degeneração do disco, nem fissura do anel fibroso.
Exame de ressonância magnética da coluna lombossacra. Mas setas amarela é possível identificar fissura do disco intervertebral, que aparece como pequena mancha branca.
Não. Fissura do disco intervertebral são eminentemente passíveis de tratamento conservador, ou seja, tratamentos clínicos. Não se faz necessária cirurgia da coluna vertebral para tratamento dessa afecção.
Não existe tratamento específico para fissura do disco intervertebral. Tal condição na maioria dos casos é cicatriz permanente na camada externa do disco. Apesar da lesão aparecer com frequência nos laudos de ressonância magnética, não deve haver motivo para preocupação devido a esse achado.
O disco é formado por anel fibroso externo (ânulo fibroso), além de núcleo pulposo interno.
Trata-se de lesão degenerativa da camada externa do disco intervertebral.
Infelizmente não é possível saber o tempo de evolução da fissura discal, pois o exame de imagem permanece inalterado por muito tempo após a lesão. Essa limitação, entretanto, não impede o adequado tratamento.
Não. Trata-se de lesão permanente (crônica), vista somente em exame de ressonância magnética.
Não, trata-se de lesão frequente que não oferece qualquer risco ao paciente.
Não é necessário tratamento específico para fissura do disco intervertebral. Trata-se, muitas vezes, de achado incidental de exames de imagem (são vistos por acaso, sem ter relação com o motivo da dor).
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