Espondilite anquilosante é uma doença inflamatória crônica articular, que afeta articulações principalmente da coluna vertebral e sacroilíacas, que unem a coluna à bacia. A espondilite anquilosante quando o sistema imunológico do corpo ataca suas próprias articulações, gerando sinais e sintomas de quadro inflamatório articular crônico.
A espondilite anquilosante é mais frequente em homens. Estima-se que para cada mulher existam 5 vezes homens com o problema. Os primeiros sintomas costumam aparecer no final da adolescência ou no início da idade adulta (entre 20 e 40 anos de idade).
Existem 2 tipos de artrites axiais na coluna. Quando o problema é identificado em radiografias da coluna, denomina-se espondilite anquilosante, também chamada de espondiloartrite axial. Quando o problema não é visto em radiografias, mas o diagnóstico pode ser feito com base em sintomas clínicos, testes sanguíneos positivos e outros estudos de imagem (como ressonância magnética), denomina-se espondiloartrite axial não radiológica.
Não existe cura para espondilite anquilosante. Porém, tratamentos adequados podem reduzir os sintomas e lentificar a progressão da doença.
Os principais sinais e sintomas da doença são dores nas costas, mais precisamente dores na coluna lombar (parte inferior das costas) e nas nádegas. Deve haver suspeita do problema em casos de dor lombar persistente (acima de três meses) que acorda o indivíduo à noite. As pessoas podem apresentar dor e rigidez matinal, que melhora ao longo do dia.
A dor piora com o repouso e melhora com exercícios (ao contrário da maior parte das inflações agudas da coluna, que piora com movimentos). Com o passar dos anos, a doença pode levar a enrijecimento (perda de movimentos), além de deformidade na coluna. Pode haver, ainda, inflamação e comprometimento de outras articulações do esqueleto axial. É marcante queda da qualidade de vida.
É comum haver inflamação das ênteses (região que une tendões aos ossos). Dentre elas, pode-se citar inflamação nas plantas dos pés pela manhã. Além disso, inflamação da caixa torácica pode causar dor no peito que aparece com inspiração profunda, que ocorre devido à inflamação das juntas das costelas com a coluna.
Além disso, a espondilite aniquilante pode estar relacionada com outros sintomas sistêmicos como doença cardíaca e uveíte.
Procure por auxílio médico se você apresenta dor lombar baixa ou nas nádegas que apresem lentamente, pioram pela manhã ou que acordam você durante a noite, na segunda metade da noite. Fique atento, em particular, se a dor melhora com exercícios e pioram com o repouso.
Procure imediatamente especialista se você apresentar também olho vermelho e doloroso, aumento da sensibilidade luz e visão borrada.
Procure avaliação médica se você apresenta dor lombar que melhora com exercício e piora à noite, acordando-o com frequeência.
O médico especialista em coluna irá procurar por sinais e sintomas sugestivos. Para isso, deverá inspecionar o alinhamento e mobilidade da sua coluna, dos quadris, das articulações sacroilíacas e tórax. Em relação à mobilidade da coluna lombar, o médico irá solicitar que flexione sua coluna para frente e também poderá usar fita métrica para medir a quantidade de movimento lombar.
Além disso, ele poderá avaliar a expansão da caixa torácica durante inspiração profunda, também usando fita métrica em torno do tórax. A redução da expansão torácica pode ocorrer em casos de espondilite anquilosante devido a inflamação crônica da junção entre as costelas e a coluna vertebral.
O médico deverá avaliar os sintomas de artrite inflamatória. Dor noturna, em repouso é considerado fator de alerta. Casos suspeitos devem ser submetidos a exames de sangue e de imagem. Fazem parte dos exames de sangue aqueles destinados a avaliar atividade inflamatória, como velocidade de hemossedimentação (VHS) e proteína C reativa (PCR), além do marcador genético HLA-B27.
Na Espondilite anquilosante, os marcadores inflamatórios costumam estar aumentados, sendo que em 90% dos pacientes brancos com espondilite anquilosante tem HLA-B27 presente. Por definição, indivíduos com espondilite anquilosante apresentam fator reumatoide negativo. Por esse motivo, a doença faz parte do grupo das espondiloartropatias inflamatórias soronegativas.
Dentre os exames de imagem, deve-se investigar a coluna e o quadril. Ressonância magnética da coluna lombossacra e da articulação sacroilíaca são importantes para avaliar inflamação articular (em especial das articulações sacro ilíacas) além de descartar outros problemas da coluna, que podem cursar com sintomas parecidos, tais quais:
Tardiamente, em casos graves podem ocorrer fusões dos ossos da coluna, podendo causar fenômeno conhecido como “coluna em bambu”, além de deformidades vertebrais do tipo escoliose e cifose.
Na fase aguda da doença o tratamento para aliviar os sintomas é iniciado com anti inflamatórios. Mais recentemente, medicamentos biológicos especiais têm ganho espaço e podem ser capazes de conter o agravamento da doença.
O médico reumatologista poderá avaliar a necessidade do usa dessas medicações, de acordo com cada caso. Além do tratamento medicamentoso, fisioterapia e exercícios são fundamentais para a prevenção de deformidades articulares.
Não. Entretanto, o tratamento medicamentoso é capaz de manter a doença estável e prevenir seu avanço.
Espondilite anquilosante é doença inflamatória articular crônica, principalmente da coluna vertebral e das articulações sacroilíacas, com origem no sistema imunológico.
É uma doença auto-imune, onde o próprio organismo ataca suas articulações. Existe correlação da espondilite anquilosante com a presença de antígeno HLA B27, entretanto sua presença não indica necessariamente a existência da doença.
Sim. A espondilite anquilosante pode ser controlada com medicações, de modo que torne possível vida normal no trabalho e no lazer.
Casos suspeitos devem fazer exames de sangue e estudos por imagem para detectar o problema. Geralmente, o médico reumatologista faz o diagnóstico e o tratamento de pacientes com espondilite anquilosante.
Os principais sinais e sintomas da doença são dores nas costas, mais precisamente dores na coluna lombar (parte inferior das costas) e nas nádegas. Deve haver suspeita do problema em casos de dor lombar persistente (acima de três meses) que acorda o indivíduo à noite.
O CID de espondilite anquilosante é M45.
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Eu sinto dores pior a noite, e acordo todos os dias rígida, vai melhorando durante o dia, o repouso pra mim hoje se tornou crucial, já há dois anos que estou assim e só vem piorando, tem dias que colocar os pés no chão de manhã é uma dor incomum, robusta, ando toda estrupiada. Fiz duas ressonâncias e o ortopedista colocou o Cid M511, M545, M531
Damaris, recomendo avaliação de médico reumatologista no seu caso.
Fui diagnosticado com a doença espondilite anquilosante minha ressonância magnética de degenerativa porém o exame hla b27 o resultado foi não detectado o que isso que dizer que não tenho a doença porém minha dores continua. Ou tenho a doença meus exames de inflamação sempre alterado do reumatismo sempre negativo e as dores piora em repouso
Talita, nem sempre o HLA B27 está positivo na espondilite anqiuilosante. Ele é marcador para alguns casos.
Olá Dr boa tarde! tenho um filho que mora no Rio de janeiro e vem sofrendo a mais de 5 anos com dores fortes pelo corpo e todos esses sintomas da espondilite ele já vem sentindo, já fez todos os tipos de tratamento com antiinflamatórios, injeção e nada resolve, já sofre com fortes dores nos quadris nas costas já teve várias crises oveite nos olhos tem aquelas manchas e com tudo isso além dos exames os médicos que o atende não dá um diagnóstico de espondilite para que ele possa tomar a medicação correta! pelo amor de Deus nos ajude,meu filho já não consegue dormir direito ,não consegui concentra nos estudos dirigir pra ele é um tormento, qual providência podemos tomar? sabemos que tem medicação correta pra que ele possa ter uma vida normal mas pra isso precisamos de um laudo médico meu filho só tem 28 anos de idade
Boa noite Erli, esses casos são tratados por reumatologistas. Sugiro buscar outra opinião.
Os sintomas que tenho estão todos descritos na matéria. Sinto fadiga crônica TB. Tive dois abortos de repetição anos atrás. Tive fan reagente e anti RO reagentes. Reumato falou em Sjogren ou LES. Porém não tenho manchas, nem boca ou olho seco. Poderia ser EA?
Olá Cristiane, essa resposta é melhor dada pelo reumatologista. Abraços