A quarentena imposta pela pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) levou a um aumento nos relatos de dor nas costas. O incômodo surge a partir de um conjunto de fatores – mas pode ser aliviado com medidas simples. Confira trecho de entrevista concedida pelo Dr. Alberto Gotfryd à VEJA Saúde.
Trecho de entrevista concedida à VEJA Saúde em 20 de maio de 2020.
Com a pandemia, muita gente se viu obrigada a cumprir expediente no próprio lar sem ter o aparato necessário para isso. “Para essas pessoas, o ideal é montar um canto que simule o escritório da melhor maneira possível”, comenta Alberto Gotfryd, especialista em coluna pelo Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista.
A cadeira precisa ser confortável e oferecer algum apoio para a coluna lombar e, de preferência, para os braços. Quando estiver sentado nela, quadris e joelhos devem ficar em um ângulo de 90 graus. Se os pés não encostarem no chão, vale colocar um apoio para eles.
O certo é deixar a tela do computador na altura dos olhos, para evitar que a cabeça fique curvada para baixo, o que tensiona o pescoço. Existem suportes para notebook capazes de ajudar nesse ajuste. Invista também em teclado e mouse que fiquem na mesa, na altura do cotovelo dobrado.
Mesmo que já tenha essa estrutura, não é recomendado passar o dia sentado. Ou seja, levante a cada hora para dar uma caminhada pela casa e esticar as pernas. Isso vale inclusive para o tempo maratonando séries no sofá.
“Se você fica muito tempo na mesma posição, aumenta a pressão mecânica nos discos da coluna, que precisam de movimento. Ainda há o risco de encurtamento da musculatura, que também agrava a dor”, destaca Gotfryd.
Com o estresse constante, contraímos os músculos sem perceber. E a coluna é uma das regiões que mais refletem a tensão do dia a dia. Dores na cervical, na lombar e no pescoço devem chamar a atenção nesse aspecto.
Práticas como ioga (que ainda melhora a flexibilidade) e meditação ajudam a restaurar o equilíbrio em tempos tão conturbados.
O exercício é uma das estratégias mais celebradas pela ciência para evitar dor nas costas, um problema tão comum que, estima-se, atinge 80% da população ao menos uma vez na vida. É mais desafiador treinar em casa, mas não impossível.
Aposte em atividades de fortalecimento da região do core (o conjunto de músculos que suporta pelve, abdômen, lombar e quadril). Entram na lista abdominais, prancha e treinos que ativam os glúteos e as pernas. Só é preciso ter cuidado para não acabar facilitando o aparecimento de alguma lesão.
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