Endoscopia de coluna é realizada por meio de pequena câmera de vídeo que transmite imagens para um ou vários monitores. Isso possibilita realizar cirurgias de forma minimamente invasiva, com diversas vantagens em relação a cirurgias convencionais.

Nesse texto você encontrará as principais informações sobre endoscopia de coluna para que possa entender as vantagens e limitações do método.

Cirurgias endoscópicas são antigas ou novidade?

Cirurgias endoscópicas não são novidade na Medicina. Esse tipo de operação é feita há mais de 100 anos, sendo que os primeiros modelos de endoscópios foram usados em cirurgias urológicas. Na cirurgia de coluna vertebral, a endoscopia ganhou popularidade a partir de meados dos anos 2000, liderados pelas escolas Coreana e Alemã.

A partir daí, foi se espalhando pelo mundo. No Brasil endoscopia de coluna é uma técnica relativamente recente, sendo que a ANS (Agência Nacional de Saúde) reconheceu esse tipo de cirurgia apenas no ano de 2018. A partir de então, as operadoras de saúde passaram a oferecer cobertura para esse tipo de cirurgia.

Como funcionam os Endoscópios?

Endoscópios são ferramentas cirúrgicas que possuem pequena câmera e são capazes de transmitir imagens para monitores de vídeo. O endoscópio de coluna possui diversas funções, sendo elas:

  • Filmar a cirurgia e assim transmitir as imagens de dentro do paciente para monitores;
  • Iluminar o campo cirúrgico, uma vez que os endoscópios são conectados a fontes externas de luz;
  • Irrigar o campo cirúrgico, uma vez que os endoscópios são conectados a bombas para infusão de soro fisiológico;
  • Campo de trabalho: ou seja, por dentro do endoscópio, existe fino túnel metálico, por onde o médico especialista em coluna insira seus instrumentais para cauterizar, cortar e remover tecidos.

 

Exemplo de endoscópio utilizado para cirurgias de coluna.

 

Exemplo de cirurgia endoscópica da coluna

Que tipo de anestesia devo tomar para cirurgia endoscópica da coluna?

Endoscopia de coluna pode ser realizada sob anestesia geral ou anestesia local. Na cirurgia endoscópica, anestesia geral é a mais comum entre médicos  especialistas, embora em algumas situações, anestesia local possa ser opção. As principais vantagens da anestesia geral são melhor controle da dor e maior conforto para o paciente durante a operação.

Além disso, durante o procedimento, é desejável  que o paciente não se movimente, fato que é melhor obtido por meio de anestesia geral. Por fim é importante salientar que anestesia para cirurgia de coluna é segura e evoluiu muito nos últimos anos.

Saiba mais:

Anestesia para cirurgia de coluna: dúvidas frequentes

Que tipo de problemas da coluna podem ser tratados com endoscopia?

As principais indicações para cirurgia endoscópica da coluna são hérnia de disco e estenose de canal. Dessa forma, podemos afirmar que endoscopia de coluna tem papel importante para descompressão nervosa, que pode ocorrer em qualquer parte da coluna: cervical, torácica ou lombar.

Saiba mais:

Hérnia de disco: o que é, causas, sintomas e tratamentos

Que tipo de problema não pode ser tratados com endoscopia da coluna?

Cirurgias que envolvem artrodese não são realizadas, via de regra, por endoscopia. Exemplos de alguns casos são escoliose, dorso curvo, espondilolistese, entre outras. Para essas doenças, outras técnicas são consideradas padrão e têm eficácia comprovada, ao contrário da endoscopia de coluna.

Saiba mais:

Artrodese da coluna: principais indicações e técnicas

Tenho hérnia de disco: quais vantagens de operar por cirurgia endoscópica da coluna?

Provavelmente, cirurgia de hérnia de disco é a indicação mais comum para endoscopia de coluna. As principais vantagens estão relacionadas àquelas ligadas a procedimento menos invasivo:

  • pequena incisão
  • pouca dor no pós operatório
  • alta e recuperação mais rápida
  • reduzido risco de infecção.

Entretanto, cirurgia endoscópica não é a única opção cirúrgica para coluna com essas características. Descompressão tubular minimamente invasiva que é realizada com microscopia e finos afastadores tubulares também oferecem as mesmas vantagens e são opção cirúrgica para casos de hérnia de disco e estenose do canal vertebral.

Saiba mais:

Descompressão tubular minimamente invasiva

A principal vantagem de técnicas cirúrgicas minimamente invasivas da coluna é o p®ós oepratório mais simples e menos doloroso.


Como devo escolher a técnica para meu procedimento cirúrgico?

A escolha da técnica cirúrgica deve ser feita pelo médico que você escolheu. A escolha da técnica é baseada na experiência e no treinamento do médico, bem como características da doença e do paciente. É muito comum que o mesmo problema na coluna possa ser bem solucionado por técnicas cirúrgicas diferentes, indicadas por médicos diferentes. E não há nenhum problema nisso.

Quanto tempo dura uma cirurgia endoscópica?

Isso depende de cada caso e alguns fatores como: tipo de doença, localização, número de níveis tratados e claro, técnica de cada cirurgião.

Em linhas gerais casos de hérnia de disco levam, em média 1 hora de duração, enquanto casos de estenose de canal podem levar algumas ou mais em situações de mais de um nível a ser operado.

Quais riscos e complicações podem correr após cirurgias endoscópicas?

Cirurgias endoscópicas tem riscos semelhantes a cirurgias abertas, porém alguns deles são reduzidos. São eles:

  • Hematoma (acúmulo de sangue no local da cirurgia);
  • Formigamento ou fraqueza na perna ou braço;
  • Infecção (raro em cirurgias endoscópicas);
  • Recorrência de hérnia de disco.

Nenhuma cirurgia é isenta de risco e a experiência do cirurgião com o método conta nessa hora.

O meu convênio cobre cirurgia endoscópica?

Cirurgia endoscópica de coluna está na lista de procedimentos que devem ser cobertos pelas operadoras de saúde no Brasil. Entretanto o processo de autorização, por vezes, é burocrático e demorado, fato que pode retardar a realização da sua cirurgia.

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