Dor nas costas é sintoma comum em adultos e possui causas variadas, desde simples má postura a distúrbios vertebrais, que requerem maior atenção e tratamento apropriado. Estima-se que 4 entre 5 pessoas terão ao menos um episódio de sintomas de dor nas costas ao longo da vida. Nesse texto apresentamos perguntas comuns sobre dores nas costas, com respostas diretas e objetivas.
Dor nas costas é sintoma comum e inespecífico, popularmente utilizado para descrever queixa dolorosa na parte de trás do tronco, tanto na região torácica (dor no meio das costas) ou lombar (parte inferior do tronco). Dessa forma, dor nas costas não é um diagnóstico, mas um sintoma, assim como dor de cabeça ou dor abdominal (dor de barriga).
Dor nas costas é um sintoma e não um diagnóstico médico. Existem diversas causas para o problema. A causa mais comum – e menos grave – são dores relacionadas à má postura do dia a dia, carregamento inadequado de peso ou consequência ao ato de ficar muito tempo na mesma posição, sendo frequentes contraturas musculares associadas.
Por outro lado, dor nas costas pode ser manifestação de problema de coluna como hérnia de disco, artrose (desgaste das articulações da coluna, também chamadas de espondilose), espondilolistese (escorregamento vertebral de uma vértebra sobre outra) ou estenose (estreitamento) do canal lombar com compressão nervosa.
Além disso, também pode ser a dor nas costas aquela referida de outras regiões como infarto agudo do miocárdio ou pneumonia e problemas abdominais, como úlcera gástrica, apendicite ou pancreatite que podem cursar com os sintomas. Na suspeita desses casos é mandatória avaliação imediata de Médico clínico geral. Por fim, algumas doenças reumatológicas inflamatórias como espondilite anquilosante são causadoras de certos tipos de dor crônica nas costas. Nesses casos, é característico aparecimento de dores noturnas, não relacionadas aos movimentos.
Para saber se os sintomas de dores nas costas podem estar relacionadas a problemas graves, os médicos investigam a presença de sinais de alerta. Assim, dores nas costas devem ser investigadas por médico na presença de qualquer um dos sinais de alerta abaixo.
A presença de ao menos uma desses sinais abaixo pode estar relacionado a problema mais grave.
Exercícios são benéficos para a coluna. Entretanto, durante crise de dor aguda nas costas, exercícios físicos não são recomendados, pois podem retardar a melhora dos sintomas dolorosos. Nessa situação, é preferível manter repouso por poucos dias e aguardar a melhora dos sintomas.
Porém, em indivíduos com dores crônicas nas costas, exercícios sabidamente são benéficos. Assim, nesses casos, deve-se iniciar com atividades de baixo impacto (caminhadas, bicicleta ergométrica ou natação), mantendo a regularidade (número de vezes na semana) e aumentando-se lentamente a intensidade (esforço) da atividade.
Essa diferenciação leva em conta o tempo de duração dos sintomas. Dessa dorma, classificamos da seguinte forme:
Existe ainda o subtipo dor crônica agudizada, que diz respeito a episódios recorrentes de dor com intervalos de melhora.
Depende da causa do problema. Dores agudas relacionadas à má postura não são graves e podem ser revertidas com hábitos posturais mais saudáveis, além de exercícios físicos e posturais. Na maioria das vezes, esse tipo de problema melhora em cerca de 48 horas, com medicações analgésicas simples e repouso.
No outro extremo existem problemas sérios de coluna como fraturas, tumores ou infecções vertebrais que são situações mais graves que necessitam de tratamento imediato.
Não existe roteiro igual de exames para todos os casos. A solicitação dos exames depende da história clínica de cada paciente. Assim, antes de solicitar exames, o médico deverá escutar o paciente e entender seu problema. Após isso, o paciente deverá ser examinado à procura de sinais clínicos neurológicos, deformidades vertebrais, testes e pontos dolorosos.
Por fim, exames de imagem poderão ser solicitados para complementar o raciocínio clínico. Os exames mais utilizados para avaliação de dores na coluna vertebral são: radiografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
A cura depende da causa do problema. Quando a dor é causada por problema postural, atividade física e exercícios posturais poderão aliviar a dor. Se a causa da dor for desgaste da coluna, tratamentos podem amenizar a dor mas dificilmente irão eliminá-la por completo. Outros problemas específicos da coluna podem ser tratados com fisioterapia, infiltrações ou mesmo cirurgia.
Os medicamentos mais utilizados para dores agudas nas costas são analgésicos simples, antiinflamatórios não hormonais e miorrelaxantes. Caso de dor crônica podem se beneficiar de antidepressivos ou medicações anti convulsivantes. Compressas locais de gelo em casos agudos ou calor em casos crônicos também podem trazer alívio dos sintomas.
Na maioria dos casos, dores nas costas são tratadas de forma não cirúrgica, com medidas comportamentais, exercício físico e fortalecimento muscular. Em algumas situações, infiltração na coluna pode trazer alívio das dores na região lombar. Por fim, doenças específicas como espondilolistese ou estenose do canal lombar poder ser tratadas com cirurgia, caso ocorra falha do tratamento conservador.
O tipo de dor nas costas varia nessa situação. Problemas de coluna podem causar dor que piora com a movimentação do tronco, como curvar para frente ou para trás. Doenças pulmonares, em geral, são acompanhadas de sintomas adicionais como tosse, falta de ar ou febre.
Dores agudas devem ser tratadas com repouso por curtos períodos, medicações analgésicas, antiinflamatórios, relaxantes musculares, além de compressas locais. Compressas locais também podem ajudar. Pode-se utilizar compressas de gelo em dores agudas e compressas mornas em dores subagudas ou crônicas, embora nõa exista consenso na literatura médica sobre isso.
A maiorias dos casos de dores nas costas por causas musculares ou postural não é preocupante. Porém, dores nas costas devem ser investigadas na presença de trauma recente, irradiação para membros superiores ou inferiores, associada a febre, emagrecimento ou se presente em crianças ou idosos.
É sempre bom entender a causa do problema e direcionar a investigação clínica e exames de acordo com cada caso.
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