Cisto de Tarlov na coluna vertebral
Cisto de Tarlov ou cisto perirradicular é lesão relativamente comum na coluna vertebral. Na maioria das vezes não causa sintomas e não requer tratamento específico.
Cistos de Tarlov aparecem com relativa frequência em laudos de ressonância magnética da coluna, fato que gera preocupação nos pacientes e familiares. Mas afinal, existem riscos decorrentes dessa lesão?
O que é um cisto?
Cisto é termo médico para descrever cavidade fechada preenchida por líquido. Cistos podem aparecer em qualquer região do corpo humano. Na coluna vertebral os cistos mais comuns são os sinoviais e os de Tarlov. Ambos são benignos e não malignizam (não viram câncer).
O que é Cisto de Tarlov?
Cistos de Tarlov foram descritos em 1938, porém até hoje há pouca literatura médica referente ao assunto. Trata-se de formação de origem meníngea, ou seja, da fina camada que recobre a raiz nervosa no interior da coluna, sendo preenchido por líquido cefalorraquidiano (líquor). A região sacral é a mais acometida e fica na parte mais baixa da coluna, próximo à bacia.
Incidência e prevalência
Estima-se que pequenos cistos, que não causam sintomas, estejam presentes em 5 a 9% da população geral. Entretanto, cistos grandes são considerados raros. Cerca de 33% dos indivíduos apresentam cistos em outras regiões do corpo, sendo mais frequentes no abdome, mão e punho.
Causas de cisto de Tarlov
A causa exata para surgimento do cisto de Tarlov é desconhecida, embora existam teorias de que seja decorrente de má formação neural ou secundária a trauma local.
Sintomas
A maioria dos pacientes com cisto de Tarlov não irá apresentar sintomas nem piora na qualidade de vida, de modo que cistos são descobertos ocasionalmente em exames de ressonância magnética da coluna. Cistos volumosos podem comprimir raízes nervosas e promover sintomas neurológicos.
Nestes casos pode haver dor irradiada para os membros inferiores, semelhantes aos causados por compressão do nervo ciático. Além disso, cistos podem promover erosão óssea na coluna e ser causa de dor. Dado que a maioria dos cistos não produzem sintomas, sua identificação pode ser erroneamente atrasar o diagnóstico de outras patologias, como problemas renais, ginecológicos ou mesmo neurológicos.
Diagnóstico
O exame padrão-ouro para diagnóstico do cisto de Tarlov é ressonância magnética, embora exame de tomografia computadorizada possa mostrar erosão óssea causada pela impressão do cisto na vértebra. Com frequência, descobre-se o cisto em investigação de outras doenças, como hérnia de disco lombar.
Tratamento não cirúrgico
A maioria dos casos não requer tratamento específico. Entretanto, alguns casos raros poderão necessitar de aspiração do conteúdo cístico guiada por tomografia computadorizada. Existe estudos que descrevem injeção de cola de fibrina no seu interior para reduzir risco de recidiva.
Cirurgia
Cirurgia do cisto de Tarlov é rara e envolve a abertura do cisto e drenagem do seu conteúdo. Existem relatos de ressecção neurocirúrgica dos cistos e sutura meníngea para evitar recidiva do mesmo. Os resultados dessa cirurgia na literatura são restritos a limitados estudos na literatura. A principal complicação cirúrgica é a formação de fístula liquórica, que é o extravasamento de líquor pela região operada, que pode fechar espontaneamente ou necessitar de revisão cirúrgica.
FAQ – Perguntas Frequentes
Trata-se de formação de origem meníngea, ou seja, da fina camada que recobre a raiz nervosa no interior da coluna, sendo preenchido por líquido cefalorraquidiano (líquor). A região sacral é a mais acometida e fica na parte mais baixa da coluna, próximo à bacia.
A maioria dos casos não requer tratamento específico. Entretanto, alguns casos raros poderão necessitar de aspiração do conteúdo cístico guiada por tomografia computadorizada. Existe estudos que descrevem injeção de cola de fibrina no seu interior para reduzir risco de recidiva. Raros casos necessitam de intervenção cirúrgica.
A maioria dos pacientes com cisto de Tarlov não irá apresentar sintomas nem piora na qualidade de vida, de modo que cistos são descobertos ocasionalmente em exames de ressonância magnética da coluna. Cistos volumosos podem comprimir raízes nervosas e promover sintomas neurológicos.
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