Cirurgia de hérnia de disco em atleta profissional de voleibol

Bola de volleyball cirurgia de coluna

Atletas profissionais de voleibol possuem intensa rotina de treinamentos e jogos. O esporte é considerado de alto impacto para coluna vertebral e articulações. Dessa forma, não é raro ocorrerem lesões. Confira a entrevista com atleta profissional de voleibol brasileiro Thiago “Spider” Aranha*, que foi submetido a cirurgia de hérnia de disco lombar. Entenda como foi o período prévio e posterior à cirurgia, bem como o processo de reabilitação e volta às quadras.

Apresente-se por favor. Fale um pouco de você e do seu esporte.

Sou Thiago de Souza Aranha Duarte*, mais conhecido como Thiago “Spider” Aranha. Tenho 38 anos e sou ex-jogador profissional de voleibol. Hoje atuo como técnico de voleibol na cidade de Atlanta – Estados Unidos. Pratiquei voleibol por 25 anos. O esporte me proporcionou muitas experiências: morei em 9 países diferentes, conheci mais de 45 cidades pelo mundo e aprendi cinco idiomas.

 

Thiago Aranha atleta de Volleyball

Thiago Aranha durante partida da superliga brasileira de voleibol 2011/12.

Quais sintomas de coluna você apresentava e como isso o atrapalhava na profissão?

Comecei sentindo algumas dores lombares quando tinha 17 anos de idade. Com ela, vinham incômodos para treinar e jogar. Muitas vezes ficava completamente bloqueado sem poder me mover. As piores crises me impediam de caminhar, sentar, deitar ou levantar.

Que tipos de tratamentos você fez antes da cirurgia? O que o motivou a operar?

Tentei vários tratamentos, como RPG e Pilates. O que me ajudou a jogar por anos antes de fazer a cirurgia foi o trabalho de excelentes profissionais, como Fábio Correia (atual preparador físico da seleção brasileira feminina de Voleibol), e alguns fisioterapeutas como Marli Lousada, Renata Grotone e Alexandre L. Ramos, conhecido como “Urso”.

Porém, dores frequentes, travamentos corriqueiros e dificuldade para seguir durante sessões de treinos e jogos me obrigaram a pensar  no próximo estágio, a cirurgia. Foi quando conheci o médico especialista em coluna Dr. Alberto Gotfryd.

Como foi o processo de recuperação após a cirurgia? Após quanto tempo voltou a jogar?

Tive um ano de recuperação com muitas e intensas sessões de fisioterapia. A cada dois meses novas avaliações, sempre evoluindo para próximo estágio de reabilitação. Graças a Deus não tive dores. Dois dias após a operação eu já estava caminhando pelo corredor do hospital. Voltei sem dores e nenhum receio à rotina de atleta profissional.

Muitos duvidaram que eu voltaria, pois não acreditavam que eu pudesse jogar com 4 parafusos unindo duas vértebras, num esporte extremamente agressivo e com exigência enorme da coluna. Mas graças a todos os profissionais citados acima eu segui minha vida feliz e normalmente.

 

Acreditem no processo de recuperação, nos profissionais que vocês escolheram e em vocês mesmos.

Como foi a volta como profissional de voleibol?

Nunca mais senti dores, nenhuma crise após a cirurgia, nenhum travamento ou bloqueio de movimento e nenhum incômodo para seguir os treinos diários e jogos como atleta.

Qual conselho daria para profissionais do esporte lesionados, em fase de recuperação?

Após cirurgia do ombro em 2011 e artrodese lombar em 2013, digo que tenham muita paciência, força de vontade, dedicação no processo de reabilitação e jamais desistam. Haverá momentos em que pensarão que não voltarão e terão vontade de abandonar tudo. Acreditem no processo de recuperação, nos profissionais que vocês escolheram e em vocês mesmos.

 

 

*Nota: A divulgação dessa entrevista foi expressamente autorizada pelo jogador profissional Thiago “Spider” Aranha. Sua lesão e cirurgia foi noticiada na mídia e é considerada como domínio público.

 

 

 

 

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